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terça-feira, 25 de outubro de 2011

EUA: comitê de especialistas recomenda vacinar homens contra HPV


Um comitê assessor do governo americano recomendou esta terça-feira que os meninos sejam vacinados contra o vírus do papilomavírus humano (HPV), uma doença sexualmente transmissível que pode evoluir para o câncer. Todos os meninos de 11 a 12 anos deveriam tomar a vacina, cujo uso já é recomendado para as meninas, segundo o Comitê Assessor sobre Práticas de Imunização (ACIP, na sigla em inglês), dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
"A vacina contra o HPV será uma proteção contra certas questões de saúde relacionadas com o HPV e com o câncer nos homens, e a vacinação dos homens com HPV também pode proporcionar uma proteção indireta nas mulheres, mediante a redução da transmissão do HPV", informou o comitê em um comunicado. Se os CDC aceitarem as recomendações do painel, será solicitada cobertura a todas as companhias de seguros sem que o paciente tenha que compartilhar os gastos.
O laboratório Merck é a única companhia farmacêutica que disponibiliza a vacina tetravalente - que age contra quatro cepas independentes do HPV - com licença de uso em meninas e meninos.
A vacina Gardasil, do Merck, foi aprovada para meninas e mulheres de 9 a 26 anos e para meninos e homens da mesma faixa etária, em outubro de 2009.
A vacina Cervarix, da GlaxoSmithKline, bivalente, foi aprovada em 2009 para meninas e mulheres de 10 a 25 anos.
As últimas recomendações representam uma mudança no aconselhamento que os médicos costumavam dar. Até o momento, eles indicavam a vacinação dos meninos e rapazes até os 21 anos, mas agora a pretensão seria de que a prática se tornasse rotineira, embora não seja obrigatória.
Anne Schuchat, diretora do Centro Nacional de Imunização e Doenças Respiratórias dos CDC, o nível relativamente baixo da vacinação entre as meninas foi uma razão chave para a mudança.
"A vacina contra o HPV não está sendo muito solicitada entre as adolescentes", disse à imprensa, considerando que a taxa de imunização é "decepcionante".
O comitê considerou em que, além de reduzir a carga sobre as mulheres e as meninas, a vacina contra o HPV permitirá prevenir o câncer anal e as verrugas genitais em meninos e homens.
"A vacinação masculina é mais eficaz quando a cobertura das mulheres é baixa", explicou.
A vacina contra o HPV virou o centro das atenções no país no mês passado, quando a candidata republicana à Presidência, Michele Bachmann, disse durante um debate ter ouvido falar que poderia causar atraso mental.
No entanto, não foram documentados casos do tipo pelas autoridades sanitárias e Schuchat reiterou que até agora foram distribuídas no país quase 40 milhões de doses da vacina contra o HPV, que é considerada segura.
Os efeitos colaterais mais comuns são uma leve inflamação no local da injeção, dor de cabeça e febre leve ou moderada, afirmou.
O HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum, e tem mais de 40 subtipos, alguns dos quais podem causar câncer cervical e verrugas genitais. Mas normalmente, o HPV não causa sintomas.
Segundo os CDC, pelo menos 50% dos homens e mulheres sexualmente ativos contrairão HPV em algum momento de suas vidas.
Geralmente o organismo humano consegue eliminar a infecção sozinho em dois anos, mas certos suptipos do vírus, conhecidos como cepas oncogênicas, podem evoluir para o câncer e precisam ser acompanhados de perto.

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